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Biografia Rachel de Queiroz Primeira imortal da literatura brasileira LAURIBERTO BRAGA Atrevida, sagaz, contestadora e inteligente, a escritora cearense Rachel de Queiroz chegou a ser comparada à personagem Emília, de Monteiro Lobato, por Ariano Suassuna, durante um seminário sobre Literatura, em 1991. Primeira mulher a ingressar na ABL -- Academia Brasileira de Letras--, em 1977, Rachel de Queiroz nasceu em Fortaleza, no dia 17 de novembro de 1910. O nome é uma homenagem à avó paterna. Com 45 dias de nascida mudou-se para a cidade de Quixadá, no sertão cearense, onde passou os primeiros três anos da infância. Em 1917, foi com os pais morar no Rio de Janeiro. Voltaram para o Ceará nos anos 1920. Quando adolescente, sonhou em ser raptada pela Coluna Prestes e viver como heroína. Formou-se normalista, em 1925 e em 1930 lançou o primeiro livro: "O Quinze". O segundo romance ("João Miguel) saiu em 1932. Nos anos 1930 começou sua militância política. Ajudou a fundar o Partido Comunista no Ceará. Participou de reuniões do Partidão, foi presa em 1937, ano em que publicou seu terceiro romance "Caminhos de Pedras". Acabou abandonando a militância ao ver seu trabalho censurado pelos colegas de partido. Em 1939 lançou o romance "As Três Marias". Escreveu ainda os romances "Dora, Doralina", "O Galo de Ouro" e "Memorial de Maria Moura". Antes mesmo de ingressar na ABL, recebeu da Academia, em 1957, o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra. Além de romances escreveu peças teatrais e livros de crônicas. Seus livros foram traduzidos para o francês, japonês e alemão. Como jornalista trabalhou em grandes veículos nacionais, como a revista "O Cruzeiro". Em 2003, Rachel de Queiroz morreu no Rio de Janeiro. |
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