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Biografia Lima Barreto Um escritor de triste fim Mulato, pobre e com um grande talento para escrever. Afonso Henrique de Lima Barreto nasceu no dia 13 de maio de 1881, no Rio de Janeiro. Perdeu a mãe aos sete anos. O pai era tipógrafo. Com a ajuda do padrinho, Visconde de Ouro Pedro, cursou Ciências e Letras. Foi funcionário público da Secretaria de Guerra do governo federal. Vítima do preconceito, ele acabou no alcoolismo, morrendo no dia primeiro de novembro de 1922, com 41 anos de idade. Foi romancista da Primeira República (1889-1930). Colaborou em inúmeros jornais da época. Sua primeira ficção, o romance "Recordações do escrivão Isaías Caminha", foi publicada em Portugal, em 1909. Fez criticas virulentas à vida carioca, considerada por ele preconceituosa e hipócrita. Praticava o realismo psicológico machadiano. Foi esteticamente um solitário. Os escritores de sua época torciam o nariz para a forma livre e coloquial presente em seus textos. Orientou-se pela linha inovadora de um realismo crítico de cunho popular e rebelde. Acabou sendo incompreendido e rejeitado pela maioria dos escritores de sue tempo porque não seguia receitas éticas e estéticas. Rompeu com o complexo colonial da literatura brasileira da época. Por isso foi boicotado por críticos, jornais e editoras. Teve muitas dificuldades para lançar suas poucas obras. A maioria editada apenas após sua morte. "Triste fim de Policarpo Quaresma", seu livro mais significativo, foi publicado pela primeira vez em formato de folhetins. A obra é considerada basilar da escola pré-modernista. Lima Barreto tentou por duas vezes ingressar na ABL (Academia Brasileira de Letras). Na primeira tentativa, o pedido sequer foi considerado. Na outra, não conseguiu ser eleito. O reconhecido só veio muitos anos depois, em 1982, quando foi homenageado no carnaval carioca, pela escola "Unidos da Tijuca", com o samba-enredo "Lima Barreto, mulato pobre, mas livre". |
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