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Biografia Graciliano Ramos Primogênito dos 16 filhos que teve o casal Sebastião Ramos de Oliveira e Maria Amélia Ferro Ramos, Graciliano Ramos nasceu em 27 de outubro de 1892 em Quebrangulo, no sertão alagoano. Morreu em 1953, no Rio de Janeiro. Escritor, jornalista e político. Publicou romances de cunho social, onde a paisagem e o homem nordestino são destaques. Chegou a dirigir a Imprensa Oficial de Alagoas. Morou no Rio de Janeiro, onde trabalhou como revisor e redator nos jornais "Correio da Manhã" e "A Tarde". Casou-se duas vezes e teve oito filhos. Em 1928, voltou para o Nordeste, se elegendo prefeito na cidade de Palmeira dos Índios, em Alagoas. Por causa de suas idéias políticas, sempre preocupadas com o social, o governo de Getúlio Vargas mandou prendê-lo em 1936. A experiência vivida na prisão foi registrada em "Memórias do Cárcere" (1953). Em 1939 foi nomeado inspetor federal de ensino secundário, no Rio de Janeiro. Sua principal incursão no mundo das letras foi com um mini-conto chamado de "Pequeno Mendigo", que publicou no jornalzinho "Dilúculo", em 1902, quando tinha 12 anos de idade. Uma parte de sua obra só foi publicada depois de sua morte, em 1953. Como "Memórias do Cárcere", que Graciliano não chegou a concluir, tendo ficado sem o capítulo final. Também merecem destaque "Linhas Tortas" (1962) e "Cartas" (1980). Com "Vidas Secas" (1938) chegou a receber o prêmio "Fundação William Faulkner", na Virgínia (EUA). Em um auto-retrato bem humorado, escrito na terceira pessoa, Graciliano Ramos revelou ser ateu, ao mesmo tempo em que põe como leitura predileta a "Bíblia". Dizia que odiava a burguesia, pregava a morte do capitalismo, e que adorava crianças. Gostava de palavrões "escritos e falados". Fumava cigarros: três maços por dia. Era-lhe indiferente estar preso ou solto. Escrevia à mão. Tinha poucas dívidas e, quando prefeito, mandava soltar os presos para construírem estradas. Encerra afirmando que desejava morrer aos 57 anos. Morreu com 60 anos, vítima de câncer. |
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