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Colaboração para Folha Online Os versos de Carlos Drummond de Andrade surgiram em meio ao abalo provocado pela Semana de Arte Moderna, realizada em São Paulo, em 1922. Foi nesse período que ele começou a carreira de escritor como colaborador do "Diário de Minas", jornal que reunia os adeptos do movimento modernista mineiro. Nos seus dois primeiros livros -- "Alguma Poesia" (1930) e "Brejo das Almas" (1934) --, a tônica é a individualidade. O olhar sobre a história de seu tempo, mergulhando na luta do homem consigo mesmo, está mais presente em "Sentimento do Mundo" (1940), em "José" e em "A Rosa do Povo" (1945). Fase esta considerada a mais madura do poeta e que perdurou até o fim de sua existência terrena. Com uma primeira edição de apenas 150 exemplares, o livro "Sentimento do Mundo" retrata um tempo de guerras, de pessimismo ante ao poder de destruição do homem. Distribuídas de mão em mão, as poucas unidades driblaram a censura e perseguição impostas durante o Estado Novo Getulista. Diante do sucesso feito por seus versos, Mario de Andrade profetizou: "Haverá na poesia contemporânea do Brasil uns três livros tão grandes como 'Sentimento do Mundo’". Outro que se rendeu à face poética de Drummond foi o romancista José Lins do Rêgo, que dizia: "Este homem deu assim à poesia brasileira uma força espantosa. É um poeta que tem a figura física de um Hamlet e sente com a impetuosidade de um Otelo". Principais Obras Poesia Infantil Prosa |
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