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Contexto histórico e obra No conjunto de sua obra, Jorge Amado apresenta a Bahia e, por extensão, o Brasil com sua paisagem típica, personagens bizarras, rituais de origem africana e uma visão folclórica muito grande. A primeira fase de seu trabalho literário tem um forte conteúdo político, enfatizando a denúncia das injustiças sociais. O esquematismo psicológico das obras dessa fase leva a uma divisão maniqueísta do mundo. De um lado, heróis (marginais, vagabundos, operários, prostitutas, meninos abandonados, marinheiros etc.). E do outro estão os vilões (a burguesia urbana e os proprietários rurais). "Tocaia Grande" é um romance que retrata a questão da terra. A monocultura é tratada com critica, tendo como destaque a luta do cacau. Em 1932, levado por Rachel de Queiroz, Jorge Amado freqüentou grupos políticos de esquerda. Filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB). Sofreu perseguição política que o levaram ao exílio na Argentina. O livro "Gabriela, Cravo e Canela" pode ser entendido como a reconciliação de Jorge Amado com Bahia, de quem se afastara para morar no Rio de Janeiro. Também marca o início da segunda fase de sua obra, na qual deixa de lado o panfletarismo e o esquematismo psicológico, presentes na primeira fase, e passa a construir romances com elementos folclóricos e populares. Nessa fase, O mundo dos marginalizados é apresentado como um mundo feliz, onde seus heróis levam uma vida sem preconceitos, fora das amarras da conduta social. Ele também chegou a publicar duas biografias. Uma de Castro Alves ("ABC de Castro Alves", em 1941) e outra de Luís Carlos Prestes ("Vida de Luís Carlos Prestes, o Cavaleiro da Esperança", em 1945). Principais obras
País do Carnaval (1931)
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