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A Vaca e o Hipogrifo

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Biografia

Mario Quintana

Quintana, o "Príncipe dos Poetas"

LAURIBERTO BRAGA
Colaboração para Folha Online

Mario de Miranda Quintana nasceu no dia 30 de julho de 1906, em Alegrete (RS). O termômetro marcava 1º C. Era o quarto filho do casal Celso de Oliveira Quintana e Virgínia de Miranda Quintana. Nasceu prematuro.

Mario Quintana, segundo Mario Quintana, era assim: "Dizem que sou modesto. Pelo contrário, sou tão orgulhoso que nunca acho que escrevi algo à minha altura. Porque poesia é insatisfação, um anseio de auto-superação. Um poeta satisfeito não satisfaz. Dizem que sou tímido. Nada disso! Sou é caladão, instrospectivo. Não sei por que sujeitam os introvertidos a tratamentos. Só por não poderem ser chatos como os outros?". O texto foi escrito pelo próprio Mario para a revista "Isto É", em 1984.

Tinha um senso de humor! Ao ver perdida a terceira indicação para a ABL (Academia Brasileira de Letras), compôs: "Todos esses que aí estão / Atravancando o meu caminho/Eles passarão... / Eu passarinho". Não foi aceito na ABL, mas, em 1989, foi eleito o "Príncipe dos Poetas Brasileiros", entre escritores de todo o Brasil.

O garoto Mario estudou em regime de internato no Colégio Militar de Porto Alegre. O talento para a literatura se manifestou cedo. Aos 20 anos, venceu um concurso promovido pelo jornal gaúcho "Diário de Notícias" com o conto "A Sétima Personagem".

Em 1929, começou na redação do diário "O Estado do Rio Grande". Mais tarde, em 1934, virou tradutor de diversos escritores estrangeiros. E, em 1936, foi trabalhar com Erico Verissimo na livraria do Globo.

O primeiro livro do autor, só foi publicado em 1940: "A Rua dos Cataventos". Teve uma repercussão tão boa que vários de seus sonetos foram transcritos em antologias de livros escolares. Depois deste, seguiram-se muitos outros.

Mario Quintana morreu no dia cinco de maio de 1994, em Porto Alegre, não sem antes brincar com a morte: "A morte é a libertação total: a morte é quando a gente pode, afinal, estar dormindo de sapato".

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Poema Sujo

"Poema Sujo" foi escrito pelo poeta, escritor e dramaturgo Ferreira Gullar durante seu exílio na Argentina