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Biografia

Antonio Callado

Jornalista e romancista engajado

Colaboração para Folha Online

Antônio Carlos Callado não separava o jornalismo da literatura. Fazia questão de dizer que o escritor tinha a função de informar. Por isso, em seus romances ia direto ao assunto. E nas reportagens, deixava clara a sua opinião. "Mesmo quando fazia jornalismo estava fazendo literatura", afirmou certa vez a jornalista Ana Arruda Callado, sua segunda esposa com quem dividiu duas décadas de vida.

Jornalista, romancista, biógrafo e teatrólogo, Antônio Callado nasceu no dia 26 de janeiro de 1917, em Niterói (RJ). De família classe média alta, o pai era médico, poeta e também jornalista. A mãe, professora.

Começou a trabalhar nas redações aos 20 anos. Formou-se em Direito, mas nunca seguiu a carreira jurídica. Em 1941, foi para Londres trabalhar como correspondente de guerra para a BBC. Lá conheceu a inglesa, Jean Maxine, funcionária da BBC, sua primeira mulher, com quem teve três filhos.

Voltou para o Brasil em 1947. Como repórter, viajou para muitos lugares dentro e fora do País: Nordeste, Xingu, Cuba e Vietnã. Experiências estas transformadas em reportagens de grande repercussão, e que depois viraram livros. Misturava a linguagem ficcional com a jornalística, criando, desta forma, a "literatura verdade".

De cunho religioso, seus primeiros romances, publicados na década de 50, não fizeram tanto sucesso. A carreira literária só passou a ter destaque com Quarup, em 1967.

Ganhou notoriedade como intelectual de esquerda. Crítico do regime militar, ele foi preso duas vezes. A primeira em 1964, logo após o golpe. E a outra prisão aconteceu, em 1968, após o fechamento do Congresso Nacional, com o Ato Institucional n° 5 (AI-5).

Em 1975, aposentou-se das redações e passou a se dedicar apenas à literatura. Ganhou muitos prêmios. Colaborou com uma coluna na Folha. Foi admitido na ABL (Academia Brasileira de Letras), em 1994. Morreu no Rio de Janeiro, no dia 28 de janeiro de 1997.

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"Poema Sujo" foi escrito pelo poeta, escritor e dramaturgo Ferreira Gullar durante seu exílio na Argentina